Milton Paes
Mais de 100 profissionais e executivos da área financeira e de negócios participaram, nesta terça-feira (21), do evento “Tech Finance 2025 – IA como aliada ao processo de integrações Humanas e Artificiais”, promovido pelo IBEF Campinas Interior Paulista (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), em parceria com a KION Group, em Indaiatuba (SP).
A proposta do encontro foi discutir como a Inteligência Artificial (IA) está redefinindo a interação entre pessoas e máquinas, promovendo ganhos de produtividade, inovação e novas abordagens para a tomada de decisão estratégica nas empresas.
IBEF em sintonia com o futuro
Para a vice-presidente do IBEF Campinas Interior Paulista, Élica Martins, o evento simboliza a crescente relevância do tema no meio corporativo e o papel do IBEF como agente de conexão entre teoria e prática. “Esse evento foi muito bacana e o que eu percebo é que os eventos do IBEF estão cada vez mais grandiosos. Essa união, trazendo o tema de IA para dentro de uma empresa como a KION, com cases reais, é muito rica. Os palestrantes mostraram o que está acontecendo no mercado – desde estruturação de governança até a definição de responsabilidades dentro das organizações. A IA já faz parte do nosso dia a dia: ou abraçamos, ou ficamos para trás”, destacou.
Élica também ressaltou a diversidade geracional e de gênero entre os participantes, além do interesse genuíno em aprender e trocar experiências. “Foi muito bacana ver jovens e pessoas mais experientes querendo entender, discutir e levar conhecimento para dentro de casa. As pessoas estão mais atentas e interessadas em buscar informação de qualidade. O IBEF tem cumprido um papel importante ao oferecer conteúdo consistente e relevante”, afirmou.
Governança digital e uso responsável da IA
Um dos destaques da programação foi a palestra de Ricardo Eguchi, vice-presidente de Finanças da LongPing High-Tech, que abordou o uso responsável da IA nas corporações e a importância da governança digital. “Estamos sendo bombardeados diariamente por novas ferramentas de IA. Uma coisa é usar isso em casa, outra é dentro da empresa. A governança — seja corporativa, financeira ou digital — é essencial para garantir o uso correto e evitar armadilhas. Precisamos ter cuidado com informações incorretas e com a segurança de dados. A IA deve estar integrada ao ambiente corporativo, com controle e cadência. Assim, os investimentos em IA trarão ganhos reais de eficiência e resultado financeiro, sempre com responsabilidade”, explicou.
Capacitação e transformação digital
Representando a PwC Brasil, Thiago Pazetto, diretor de Digital Transformation, AI & Data Analytics, compartilhou a experiência da consultoria global na formação de profissionais para a era digital. “Desde 2018, a PwC investe no programa Digital Upskilling, voltado a capacitar todos os colaboradores em ferramentas digitais e de dados. Isso começou com o letramento e evoluiu junto com a IA. Hoje, a PwC tem profissionais em diversas áreas utilizando IA no dia a dia, seja na auditoria, na consultoria tributária ou tecnológica. A IA não está restrita a um grupo específico — ela está pulverizada em toda a organização. Esse é o modelo que garante agilidade e inovação”, afirmou.
Autonomia e novas formas de criar com tecnologia
O consultor e conselheiro Murilo Amarú Gomes, fundador da MAGIT, destacou o avanço das ferramentas low-code e no-code, que têm democratizado o desenvolvimento de soluções tecnológicas. “Antigamente, implantar uma tecnologia era sinônimo de burocracia e dor de cabeça. Hoje, vemos profissionais de negócio criando aplicações, chatbots e integrações de forma autônoma. As ferramentas low-code e no-code eliminaram barreiras e tornaram o processo muito mais ágil. Isso tem impulsionado o uso e a difusão da tecnologia nas empresas”, avaliou.
Integração humana e artificial em foco
O Tech Finance 2025 consolidou-se como um espaço de diálogo e aprendizado sobre os impactos e oportunidades da Inteligência Artificial no universo financeiro e empresarial.
Durante o encontro, os participantes exploraram como a integração entre capacidades humanas e artificiais pode potencializar resultados, otimizar operações e gerar valor sustentável para as organizações. “A cada evento, reforçamos o propósito do IBEF de conectar líderes e promover conhecimento aplicado à realidade das empresas. A IA é um tema que exige reflexão, governança e, sobretudo, colaboração entre pessoas e tecnologia”, concluiu Élica Martins.
