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Governança é tema do Seminário de Empresas Familiares

Mais um ano em que o IBEF Campinas Interior Paulista realiza seu “Seminário de Empresas Familiares” com sucesso de público e de temas abordados.

Mais de 100 pessoas estiveram presentes na manhã do dia 10 de abril no escritório do mantenedor FIUS (Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados), que gentilmente abriu as portas do seu espaço FIUS Lab para acolher o evento que teve como tema “Governança em empresas familiares Os Desafios entre Empresa, Família, Patrimônio e Gestão para Gerar Resultados”.

Valdir Augusto de Assunção, presidente do IBEF Campinas Interior Paulista, abriu o Seminário dando as boas-vindas ao público presente e anunciou os três painéis que viriam em seguida. A começar por Luis Vasco, sócio de Turnaround & Restructuring na Deloitte, que trouxe informações sobre o tema “Governança como gerador de valor”. Segundo ele, é preciso iniciar entendendo a definição de governança corporativa, que é um sistema formado por princípios, regras, estruturas e processos pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas. “Isso com vistas à geração de valor sustentável para a organização, para seus sócios e para a sociedade em geral”, disse.

Vasco trouxe alguns motivadores da implementação da governança com objetivos estratégicos, citando, entre eles, o ganho de competividade, o aperfeiçoamento da interação junto aos investidores e financiadores, o gerenciamento de riscos, o estabelecimento de parcerias e a preparação para processos de fusões e aquisições. “Do ponto de vista do investidor, ele consegue medir o risco quando tem governança. Se você tem uma boa relação, eles se tornam parceiros, além de credor”. E ainda deixou um recado para os representantes de empresas familiares presentes: “Recomendo que, mesmo que em pequenos passos, as empresas tenham um norte, um planejamento de médio e longo prazos rumo à governança”, alertou.

Na sequência do Seminário de Empresas Familiares do IBEF, os advogados Felipe Cervone, sócio da área Societária no FIUS, e Milton Schivitaro, advogado de Planejamento Tributário também do FIUS, abriram seu painel propondo uma reflexão sobre como as coisas estão no plano familiar, como é a gestão do patrimônio e qual legado a empresa quer deixar, na busca pela perenidade. “Como consigo transmitir os valores dos fundadores para que sejam continuados nas próximas gerações?”.

Cervone trouxe para o debate o planejamento societário, ou seja, a organização estratégica do patrimônio e do negócio por meios jurídicos eficientes, demonstrando que é preciso olhar para todas as partes – propriedade, família /agregados e negócio – para então passar pelo processo. De acordo com ele, os objetivos comuns a esse tipo de planejamento são a proteção das famílias e do patrimônio dos riscos inerentes ao negócio, evitar desgastes emocionais e prejuízos por conta de conflitos familiares, a busca da eficiência de gestão e governança e a otimização da carga tributária sobre o patrimônio. “Como benefícios de um bom planejamento, temos a manutenção dos valores dos fundadores, a ausência de conflitos, ou seja, mais harmonia da família e agregados, a perenidade dos negócios, a criação de regras entre os herdeiros e muitos outros”, destacou.

O advogado da FIUS conceituou também o que é o acordo de sócios, mencionando, além das regras do planejamento e da governança corporativa, as que irão disciplinar a relação entre os sócios, a empresa, os bens da sociedade, a família e seus agregados. E apontou a estrutura do planejamento societário e o uso de holdings para eficiência tributária na sucessão. Já Schivitaro veio comentar sobre as alíquotas incidentes no processo e os impactos da Reforma Tributária no ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), demonstrando a importância da “corrida” para o planejamento sucessório.

E para fechar a manhã com chave de ouro, Mariana Teixeira, sócia diretora da Pekatê Brasil mediou um talk com César Massaioli, sócio da agência Portal Publicidade, e ambos dividiram com o público suas vivências como sucessores de empresas familiares. Massaioli contou sobre o início do negócio do pai, há 51 anos como uma grande gráfica, as fases de transição para os filhos, os erros e acertos na gestão e na implementação da governança corporativa. “Meu pai era muito centralizador. Nos primeiros 20 anos ele é quem tomava todas as decisões e foi influenciando os filhos a entrarem no negócio. Eu acredito em uma gestão mais aberta. Hoje eu e meus irmãos somos sócios igualmente e com regras muito bem estabelecidas”, pontuou.

Mariana afirmou que governança é uma decisão e uma movimentação que precisa ser puxada pelo dono ou fundador da empresa. “Uma pergunta que ouço muito é: 1º a gestão ou 1º a governança? As duas coisas precisam ser trabalhadas, mas é necessário começar a se movimentar para isso”, finalizou.

 

Confira as apresentações dos speakers:

Apresentação Luis Vasco

Apresentação Felipe Cervone/ Milton Schivitaro








Mais um ano em que o IBEF Campinas Interior Paulista realiza seu “Seminário de Empresas Familiares” com sucesso de público e de temas abordados.

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